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No próximo dia 2 de março abre ao público, na sede da Fundação Calouste Gulbenkian, a exposição 360º Ciência Descoberta, que pretende fazer luz sobre uma página mal conhecida da história da ciência, na qual Portugueses e Espanhóis surgem, durante o período das grandes navegações oceânicas, como precursores da ciência moderna do século XVII.

 De acordo com o comissário, Henrique Leitão, investigador do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia da Faculdade de Ciências (UL), nunca descobrimos o tom certo para contar esta história, onde não há génios como Copérnico, Galileu ou Kepler, mas onde se assistiu um modo fascinante de acumular e gerir o conhecimento, que se tornou caso único na Europa.

360º Ciência Descoberta pretende mostrar o modo surpreendente como Portugueses e os Espanhóis lidaram com a novidade e a incorporaram, conduzindo a um conjunto de fenómenos da maior importância para o surgimento da ciência moderna e que serão desenvolvidos ao longo de seis núcleos: O saber pela palavra; O espanto da novidade; Do Mediterrâneo ao mundo todo; Cada estrela é um número; Planear: a gestão do saber e Do Mundo Novo, uma Ciência Nova.

 Uma parede repleta de nomes vai homenagear cerca de três centenas de pessoas que deram o seu contributo, e que são apenas uma pequena parte de uma multidão de heróis anónimos que protagonizaram um extraordinário período da História europeia e mundial.

 Esta exposição traz pela primeira vez ao nosso país peças ilustrativas deste período dourado da ciência Ibérica, como mapas e manuscritos raros, produtos naturais, instrumentos e livros.

 A exposição pode ser visitada até ao dia 2 de junho de 2013.

 

 

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Ana Mena (Instituto Gulbenkian de Ciência)

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