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Geodiversidade, solos e florestas

29 Jan 2018 - 15h02 - 1.841 caracteres

Fala-se hoje muito de biodiversidade e ainda bem que assim é. Os biólogos têm sabido dar o devido relevo a este importantíssimo tema. O mesmo não tem acontecido com a GEODIVERSIDADE, palavra ainda ausente no discurso oficial, apesar de, não é demais lembrar, a geodiversidade constituir o suporte de toda a biodiversidade.

Numa primeira aproximação, geodiversidade pode ser entendida como o conjunto de todas as ocorrências de natureza geológica, com destaque para rochas, minerais e fósseis (testemunhos de uma biodiversidade passada), dobras e falhas, grutas naturais e galerias de minas, relevos e depressões terrestres e submarinas, vulcões, etc.

Em condições favoráveis, os agentes físicos, químicos e biológicos, existentes à superfície do planeta, alteram a capa externa das rochas, condição necessária ao nascimento do SOLO (do latim solum, chão, pavimento) definido como um corpo natural, complexo e dinâmico, constituído por elementos minerais e orgânicos, caracterizado por uma vida vegetal e animal própria, sujeito à circulação do ar e da água e que funciona como receptor e redistribuidor de energia solar. Com efeito, quando ardem a madeira ou o carvão, seja ele o carvão vegetal ou o fóssil (a lenhite, a hulha ou a antracite), todo o calor que libertam é energia solar neles retida que se liberta. Toda a força que os animais, incluindo este “bicho” complicado que somos nós, desenvolvem no trabalho que executam, teve origem na luz solar, absorbida pelas plantas usadas na sua alimentação.

 

A.M. Galopim de Carvalho


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A.M. Galopim de Carvalho

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